O LAVRADOR
Ainda de madrugada
Levanta-se o lavrador
Para sua terra sagrada
Ir cuidar com valor.
Da alvorada ao anoitecer,
No suor do seu rosto,
Trabalhando por gosto,
Ao frio ou ao calor,
Vai a terra revolver.
Para poder plantar,
Para poder semear,
Para tirar alimento.
Embora no momento
Ninguém lhe dê valor.
Lá vai o lavrador
Á sua lida costumeira
Tratar à sua maneira
A terra que Deus deu.
O homem que é rico
Mais o homem político
Desprezam o lavrador.
Ao trabalho não dão valor.
Mas ele justo e reto
Curvado ou ereto,
Á força do seu braço
Tira do solo alimento,
Que o rico não despreza.
E que seria bem escasso
Se o pobre lavrador,
Na sua triste pobreza
Ou em orgulho seu,
Parasse de trabalhar
A terra que Deus deu!
Victor Alexandre
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