FOI JESUS EXECUTADO, SENDO PREGADO EM UMA CRUZ?

FOI JESUS EXECUTADO, SENDO PREGADO EM UMA CRUZ?

      Claro que sim, diz o leitor que é membro de uma Igreja dita cristã! A Bíblia diz o seguinte em João 19:25 e 26: Estavam em pé, junto à cruz de Jesus, sua mãe, e a irmã de sua mãe, e Maria, mulher de Cleopas, e Maria Madalena. Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Junto à cruz de Jesus! Não é isso uma prova de que Ele foi pendurado numa cruz? Dá a impressão que é assim, mas não é. Leia Atos 5:30 e 31: O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro; sim, Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão de pecados. Veja também Atos 10:39 que diz:

Nós somos testemunhas de tudo quanto fez, tanto na terra dos judeus como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro. Tanto num texto como no outro a palavra grega para madeiro é “Xylon” que significa estaca de madeira, sem traves ou tronco de árvore. Na Lei dada a Moisés dizia que um condenado à morte poderia ser pendurado num madeiro e também que tal condenado seria maldito desde que fosse pendurado num madeiro. Leia Deuteronômio 21:22,23: Se um homem tiver cometido um pecado digno de morte, e for morto, e o tiveres pendurado num madeiro,seu cadáver não permanecerá toda a noite no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto aquele que é pendurado é maldito de Deus. Assim não contaminarás a tua terra, que o Senhor teu Deus te dá em herança.

E em todas as Escrituras Hebraicas nunca é questão de cruz, mas sempre madeiro. Veja Ester 7:9,10. No entanto nas Escrituras Gregas aparece muitas vezes a palavra cruz. A palavra grega stauros é traduzida em numerosas versões modernas da Bíblia por “estaca de tortura”. Os tradutores antigos como João Ferreira de Almeida usam a palavra cruz (crux em latim) cada vez que stauros aparece no texto grego. Segundo os livros de história, naquela época, os condenados à morte eram pregados mãos para cima numa estaca ao alto e nunca em cruz. A cruz só apareceu durante o reinado do imperador Constantino de Roma. Ele não era cristão batizado quando em 325 E.C. convocou o célebre concilio de Nicéia onde o Credo Atanasiano da Trindade foi adotado como a doutrina principal da Igreja Católica Romana, fundada durante esse Concilio. Também algumas festas pagãs foram santificadas como “cristãs”, falamos aqui do natal e da páscoa, bem como o domingo como dia de descanso. Lembramos que as festas romanas eram reguladas pela adoração do deus sol. Nessa época ainda não se falava de cruz.

A lenda conta que, mais tarde na véspera de uma batalha importante, Constantino sonhou com o símbolo da cruz. No sonho aparecia em letras de fogo: “In hoc signo vinces” em latim; quer dizer em português: “Sob este signo vencerás”. No dia seguinte Constantino ordenou que seus soldados pintassem cruzes em todos os escudos. Foram a combate e, milagrosamente, obtiveram uma grande vitória. E foi só a partir daí que se começou a usar a Cruz como símbolo cristão.

No entanto a cruz já existia muito antes do império romano. Nas pinturas egípcias os sacerdotes e sacerdotisas aparecem tendo na mão a chamada cruz ansada, cruz com argola, que representava o sexo masculino e feminino juntos, bem como a sua qualidade de sacerdotes de Rá o deus sol.

O Dicionário de Palavras do Novo Testamento da autoria de W. Vine, (Londres 1962) diz na página 256: “A forma da cruz, dois paus em ângulo reto, têm a sua origem da antiga Caldéia; ela era usada como símbolo do deus Tamuz (sendo em forma de Tau místico inicial do seu nome) Em meados do III século depois de Cristo a Igreja já se tinha desviado de certas doutrinas da fé cristã ou se tinha misturado com doutrinas pagãs. Para que os pagãos fossem aceitos na Igreja foi-lhes permitido guardar os seus símbolos pagãos. Assim o Tau, com a barra transversal abaixada, foi adotado para representar a Cruz de Cristo”. Em Babilônia o Tau estava associado com a adoração do deus sol, por isso não é de admirar que Constantino, que era adorador desse deus tenha sonhado com tal símbolo. Bem, e o que dizer da veneração da cruz? Pense bem, qual seria seu sentimento se um de seus amigos ou familiares queridos, fosse executado sob falsas acusações? Faria você uma réplica da arma de serviu à sua execução? Adoraria ela ou fugiria dela?  Há atualmente igrejas que têm o Culto de Adoração aos Pés da Cruz. O que pensa O Altíssimo Deus disso? Veja Êxodo 20: 4,5: Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E João 4:24 diz: Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. Adorar a Deus em espírito significa não usar nada visível na adoração, pois Ele é Espírito, portanto, invisível. Adorar a Deus em verdade significa seguir de perto os ensinos da Palavra da Verdade de Deus (João 17:17), rejeitando toda a doutrina pagã e toda a filosofia humana. Assim, Jesus não foi executado numa cruz, e mesmo que fosse, o instrumento da sua morte não devia ser adorado, isso seria crassa idolatria.  No tempo de Moisés, devido à infidelidade dos israelitas, para os punir Deus enviou serpentes venenosas e muitos morreram. Aí Moisés intercedeu junto do Senhor Deus pelo povo, então Deus deu a seguinte ordem a Moisés: Faze uma serpente de bronze, e põe-na sobre uma haste; e será que todo mordido que olhar para ela viverá. Fez, pois, Moisés uma serpente de bronze, e pô-la sobre uma haste; e sucedia que, tendo uma serpente mordido a alguém, quando esse olhava para a serpente de bronze, vivia. - Números 19:8,9. Mais tarde no tempo do rei Ezequias os filhos de Israel entre outras coisas adoravam esta serpente de cobre. Note o que esse rei fez com toda essa idolatria: Tirou os altos, quebrou as colunas, e deitou abaixo o poste sagrado; e despedaçou a serpente de cobre que Moisés fizera (porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso), e era chamada de ídolo serpente de cobre. - 2 Reis 18:4.

Para nós cristãos a serpente de cobre representa a morte de Jesus na estaca de tortura. Confirme isso em João 3:14 que diz: E assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna.

Portanto é lógico que se a serpente de cobre não devia ser adorada, tão pouco uma imagem de Jesus pendurado numa cruz deve ser adorada. Lembremo-nos das palavras que Jesus falou para  Satanás o Diabo durante a tentação, conforme está registrado em Mateus 4:8-10: Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito:  A Jeová  teu Deus adorarás, e só a ele servirás.

Assim vimos que adorar seja o que for, que não seja ao Altíssimo Deus, é crassa idolatria.

Veja o que  diz Paulo aos cristãos em 1 Coríntios 10:14: Portanto, meus amados, fugi da idolatria.