quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CARTA ABERTA A MINHA MÃE





CARTA ABERTA A MINHA MÃE
Mamãe:

Escrevo-te esta carta para te dizer que te amo. Tenho muitos motivos para te amar. Durante nove meses, abrigado no seu ventre me desenvolvi como ser humano e a senhora estava fazendo  tudo por mim, com muito amor e carinho. não fazia esforços desnecessários, cuidava de sua alimentação. Não tomava álcool.  Sobre tudo não fumava, nem permitia que alguém fumasse ao seu lado. Estava sempre dizendo: tenho de fazer atenção ao meu neném!
Por vezes eu mexia-me e causava-te dor, mas a mamãe sorria. No final do tempo a senhora teve muita dor, sofreu bastante, mas depois estava feliz apertando-me nos braços e me beijando.
Aconchegou-me no seu seio para me alimentar. Quanta noite passou sem dormir para me cuidar.
Ajudou-me a crescer e junto com o papai cuidaram de mim com muito carinho e amor. 
Da mesma maneira cuidou do meu irmão e das minhas irmãs. Através da minha vida pude apreciar  tudo o que a senhora fez na nossa família. Foi cozinheira, lavadeira, faxineira, professora,  secretária e quanta coisa  a mamãe não foi mais?
Acima de tudo a senhora mostrou sempre muito amor e dedicação pelo nosso pai e por seus filhos. Papai falava sempre que se tivesse de pagar por todas as suas atividades no âmbito familiar, nem todo o dinheiro do mundo seria suficiente para te pagar.
Infelizmente porém, um dia por motivos alheios à sua vontade, a vida lhe faltou e foi obrigada a nos deixar. O nosso sofrimento foi imenso e ainda hoje nós estamos chorando a senhora e estamos morrendo de saudade de quando a mamãe estava conosco.  Muito em especial no próximo domingo dia 08 de maio iremos recordar a sua alegria no dia das mães quando papai e nós te
rodeávamos, beijávamos e te dávamos presentes, simples, mas cheios de significado.
Lá onde a senhora estará, esteja segura  de que a sua querida família nunca te esquecerá.
Uma vez mais obrigado mamãe.

Assinado: Um filho

Nota: 
Esta carta no site Recanto das Letras, de 2007 até hoje teve 19.840 leituras.

Victor Alexandre



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