sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ALMAS PERDIDAS



ALMAS PERDIDAS

Criaturas de Deus
Errando pelas ruas
Na negra noite fria
Na cidade já vazia.
Choram penas suas
E os pecados seus.
Pelo crack vencidas
Marcadas e feridas
No corpo e na alma.
Na vida, perdidas
Sem eira nem beira.
Eu até perco a calma!

Porquê meu Deus?
Tira-me esta cegueira
Para que veja entenda
Qual o motivo a razão,
Dessa triste decadência.
Na miséria da sua senda
Até dormem sem abrigo!
Diz-me ó Alta Potência
Tu que fazes e podes tudo
Porque não lhes dás a mão?
Perdoas-lhes de coração
E guias bem suas vidas,
Para que sigam rumo certo
Sem terem da fome o aperto?

Mas ó Deus és surdo e mudo
Não ouves as suas preces
Estar longe deles, pareces.
Penso no meu ser profundo
Que se pudesse faria tudo
Para que as almas perdidas
Vítimas de egoísmo, maldade
Abandonadas por este mundo
Encontrem bem seu caminho,
Que as levaria de mansinho
Ao amor à paz e felicidade!

Victor Alexandre

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