domingo, 13 de novembro de 2011

POETA MAL AMADO




POETA MAL AMADO


Ó poeta porque rimas
O que de tua alma sai?
Ó poeta porque choras
Nesta vida que se esvai?

Nesta terra onde moras
Nem sempre tuas rimas
São amadas, apreciadas
Alguém me disse um dia
Sobre uma minha poesia
O que agora vos vou dizer:
"Não tem mais nada que fazer?"
Mas eu na minha constância
Sei que foi por ignorância
Inveja mesmo mesquinhez
Essa pergunta indelicada
Que entristeceu meu ser
Prova ainda mais uma vez
Que um poeta encanecido
Que em verso rima a vida
Que pôe sua alma na rima
Nem sempre é compreendido
Nem sempre será amado
E até mesmo desprezado

Em tempos idos aconteceu
Com o maior poeta português
Luiz de Camões Lusa glória
Poeta era em vida mal-amado
E em imensa miséria faleceu
No tempo em que ele viveu
Alguns também disseram dele
"Não tem mais nada que fazer?
E segundo a nossa história
Não há poeta maior que ele
Que pôs nos Lusíadas que escreveu
Sua alma Seu coração e Seu ser
A sua amada Pátria engrandeceu
E pela sua mais bela obra morreu!

Victor Alexandre

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